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AFRA BALAZINA
EVANDRO SPINELLI
da Folha de S.Paulo

O uso de energia solar para aquecer água pode virar lei em São Paulo. Um projeto que exige a instalação desse tipo de equipamento em novos empreendimentos, residenciais ou não, foi encaminhado ontem pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL) à Câmara.

Pelo projeto, imóveis não-residenciais que usam muita água, como hotéis, móteis, academias de ginástica, hospitais, escolas e clínicas de estética, por exemplo, serão obrigados a instalar os aquecedores.

No caso das indústrias, o sistema só será obrigatório se a atividade exigir água aquecida no processo de fabricação ou se a empresa disponibilizar vestiários aos funcionários.

Segundo o secretário do Verde e Meio Ambiente do município Eduardo Jorge, nas residências, o sistema só será obrigatório se a casa ou apartamento tiver mais de três banheiros. Com até três banheiros, o aquecedor não será exigido, mas o projeto deverá prever a implantação do sistema no futuro.

O tópico, no entanto, não está claro no projeto de Kassab. O líder do governo na Câmara, José Police Neto, o Netinho (PSDB), entendeu que, para imóveis residenciais mesmo com quatro banheiros ou mais, a instalação do sistema é desnecessária.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o projeto de lei sofrerá modificações na Câmara inclusive para que este item seja esclarecido.

Piscina aquecida

Com relação à instalação de piscina aquecida em imóvel residencial, o sistema será obrigatório, mesmo para os imóveis já existentes.

As novas regras entrarão em vigor apenas depois da regulamentação da lei, o que ocorrerá por meio de decreto do prefeito 120 dias depois da publicação. O projeto, porém, precisa ser aprovado pela Câmara, o que não tem prazo para ocorrer.

A medida de Kassab foi aplaudida ontem por ambientalistas ouvidos pela Folha. A energia solar é tida por eles como uma alternativa energética limpa e sem restrições. “O projeto de lei vai ao encontro da necessidade de redução das emissões dos gases do efeito estufa”, disse o pesquisador Márcio Vilela, da ONG Vitae Civilis.

Paulo Rewald, diretor de instalações do Secovi-SP (o sindicato da habitação), disse que o projeto é inviável para a maioria dos edifícios verticais. Segundo Rewald, nesses prédios não há, normalmente, espaço para instalar placas de captação da energia solar.

O engenheiro elétrico Teófilo Miguel de Souza, professor da Unesp de Guaratinguetá, fez as contas. Segundo ele, no máximo, é necessário 1 m2 de placa por pessoa. Em um edifício de 30 apartamentos, onde moram cerca de 120 pessoas, seriam necessários até 120 m2 de área livre para o equipamento.

Nesse caso, o telhado do prédio seria suficiente, porém não haveria espaço para a construção de um apartamento de cobertura. Em prédios maiores, com 30 andares e quatro apartamentos por andar, por exemplo, não haveria espaço na cobertura. Seriam necessários cerca de 480 m2, mais do que uma quadra de basquete ou quase três quadras de vôlei.

Outra alternativa é instalar as placas no chão, em uma área livre do condomínio. Porém, os moradores teriam de abrir mão de uma parte de sua área de lazer ou de estacionamentos.

Brecha

Quanto maior o edifício, maior a área exigida para a instalação das placas. Porém, o próprio projeto de Kassab tem uma brecha que prevê que, em situações em que a instalação do equipamento for tecnicamente inviável, o empreendimento poderá ser liberado da obrigação, desde que tenha uma justificativa elaborada por um profissional habilitado.

Rewald cita outro problema: a cidade não tem uma quantidade satisfatória de dias com sol. O diretor do Secovi-SP, porém, disse que a medida é “um avanço” no caso de clubes e algumas áreas da indústria.

Segundo o professor da Unesp, que tem pós-doutorado pela Universidade de Paris, o custo do sistema é acessível a famílias de média e alta renda e o valor investido é compensado pela economia de energia.

Ele calcula que, para uma família de quatro pessoas, o sistema custe de R$ 600 a R$ 5.000, dependendo da qualidade do material. Em edifícios residenciais ou comerciais, esse custo, segundo ele, é ainda menor, porque há um ganho de escala.

São Paulo já tem edifícios que usam essa tecnologia. Um exemplo é o hotel Matsubara, no Paraíso. Ele utiliza energia solar desde 2003, quando foi inaugurado. Segundo o hotel, o investimento para implantar o aquecimento solar compensa e há uma economia significativa em energia elétrica.


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Instalações incorretas em postos de combustíveis podem prejudicar o Meio Ambiente. Filtros e tratamentos são uma das opções que podem adequar o estabelecimento conforme legislação ambiental

por Tiago Dias

A descoberta de esquemas de fraudes no setor dos combustíveis tem colocado os postos revendedores sob os olhares do público consumidor e da fiscalização.

A não-conformidade no transporte, na armazenagem e nas instalações dão espaço para que a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – emita autos de infração, interditando bombas de abastecimento.

Além dessas irregularidades, há uma outra que é também de extrema importância: os danos ao meio ambiente. De acordo com a Resolução CONAMA 273 todos os postos de combustíveis existentes no país devem realizar o levantamento de passivos ambientais. Um laudo cujos procedimentos prevê:

– Coleta de amostras de solo indeformadas para análise das concentrações de compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis;
– Coleta de amostras de solo deformadas para medição de gases voláteis através do uso de fotoionizador portátil;
– Implantação de poços de monitoramento com tubos geomecânicos, até atingir o nível do lençol freático;
– Caracterização litológica;
– Coleta de amostras de água para análise de hidrocarbonetos;
– Comparação dos valores obtidos em análise laboratorial com os valores orientadores da CETESB;
– Definição do status contaminado ou não contaminado para a área do posto.

Durante uma ação de fiscalização são verificados no posto uma série de itens referentes a exigências de segurança e de proteção ao meio ambiente.

A ABIEPS – Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços -, entidade que congrega mais de uma centena de fabricantes de equipamentos, produtos e serviços para postos de combustíveis em todo o país, esclarece que equipamentos instalados incorretamente em postos de combustíveis podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente. Por conta disso, a entidade tem mobilizado seus associados para discutir o destino dos valores arrecadados com a CIDE, incidente sobre as operações realizadas com combustíveis, os quais gostaria de ver revertidos em financiamentos para os postos de combustíveis poderem cumprir a legislação ambiental.

Nesse sentido, Carlos Zeppini, presidente da associação, alerta que, em casos de dispositivos instalados fora dos reservatórios de contenção (sumps), o prejuízo com o risco de vazamento pode ser grande e o dano ao meio ambiente irreversível.

Ele lembra que “um litro de combustível que vaza para o lençol freático pode contaminar um milhão de litros de água potável” e ressalta que a correta instalação de equipamentos nesses estabelecimentos deve atender uma série de rígidas legislações e adequações ambientais, necessárias, porém, de custo elevado.

Equipamentos e Filtros

Além de vender e revender filtros automotivos, os postos também possuem equipamentos destinados à filtragem de combustíveis e tratamento de água e efluentes.

Segundo o Diretor Financeiro da ABIEPS, Sérgio Cordeiro, são instalados filtros nas linhas de abastecimento dos veículos para o combustível. “Antes das bombas abastecedores, entre tanques subterrâneos e bombas, internamente nas bombas ou após a unidade bombeadora de abastecimento, entre bomba e bico”, conta.

Porém, como Cordeiro diz, a filtragem não é obrigatória, alguns postos optam por utilizá-los ou não, o que acabam destacando alguns estabelecimentos que utilizam o equipamento “A importância do filtro é a melhoria da qualidade do combustível fornecido (evitando impurezas sólidas e água), o que faz com que o combustível tenha melhor queima e consequentemente contribua para a melhoria no consumo (economia) e redução da poluição”, explica.

Preservando o meio ambiente

Os meios filtrantes utilizados devem ser descartados de forma adequada para não prejudicar ou propiciar possibilidades de contaminação.

Para se adequar com a legislação ambiental, os postos de combustíveis podem inclusive substituir seus tanques de combustíveis por outros dois bicompartimentados, dentro das normas exigidas, com equipamento para monitoramento de vazamento de combustível, ou até a instalação de duas caixas-separadoras de água, óleo e outros resíduos. Os produtos líquidos e sólidos caem nas canaletas que ficam em volta das bombas de abastecimento e vão direto para as caixas. Posteriormente, a água limpa é despejada no esgoto e o óleo e outros produtos são retirados por uma empresa especializada ou passam pelo Tratamento de Efluentes, se for o caso


A empresa estatal Petrobrás anunciou na imprensa que pretende investir R$ 54,8 bi nos próximos cinco anos, para atender ao aumento da demanda por combustíveis e derivados de petróleo no mercado interno e externo.

Metade do valor previsto para investimentos serão aplicados na exploração e produção, cerca de R$ 5 bilhões para sistemas de gasoduto e exploração de gás.

A cadeia do setor de combustíveis é complexa e nos leva a projetar que estes investimentos no aumento da demanda poderão ter reflexos positivos no setor de postos de combustíveis e equipamentos.

Abaixo, a matéria na íntegra. Fonte: Portal Exame.

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Petrobras anuncia investimentos de R$ 54,8 bi em 2008

AGÊNCIA ESTADO A Petrobras anunciou hoje que planeja investir R$ 54,865 bilhões em 2008, sendo que 87,6% dos recursos serão aplicados no País e o restante no exterior. Os investimentos integram o Plano de Negócios da Petrobras para o qüinqüênio 2008-2012. A empresa prevê alcançar no próximo ano uma produção diária nacional de 2,36 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) de petróleo e gás natural.

Segundo a estatal, R$ 25,902 bilhões serão aplicados em exploração e produção de petróleo, sendo R$ 2,2 bilhões para a construção de plataformas. Em 2007, a empresa também colocou cinco plataformas em operação, que deverão atingir sua capacidade máxima de produção em 2008: FPSO Cidade do Rio de Janeiro, no campo de Espadarte, FPSO Piranema, no campo de Piranema, FPSO Cidade de Vitória, no campo de Golfinho e P-52, no campo de Roncador, além da P-54, também no campo de Roncador, com entrada em operação prevista para o final do ano.

Outras cinco plataformas deverão entrar em produção no próximo ano, na Bacia de Campos: P-51, com capacidade de 180 mil barris de óleo e 6 milhões metros cúbicos (m?) de gás/dia, no campo de Marlim Sul; P-53, com capacidade de 180 mil barris de óleo e 6 milhões m3 de gás/dia, no campo de Marlim Leste; FPSO Cidade de Niterói, 100 mil barris de óleo e 3,5 milhões m3 de gás/dia, também no campo de Marlim Leste; e o FPSO Cidade de Rio das Ostras, plataforma para teste de produção com capacidade de 15 mil barris diários de óleo pesado (14 API), no campo de Badejo. Na Bacia do Espírito Santo, está prevista a entrada do FPSO Cidade de São Mateus, com capacidade de 25 mil barris de óleo e 10 milhões m3 de gás/dia, no campo de Camarupim.

A área de Abastecimento contará com investimento de R$ 14,312 bilhões em 2008. No segmento de refino, a Petrobras concluirá as obras da nova Unidade de Coqueamento Retardado da Refinaria Duque de Caxias (REDUC) e da nova Unidade de Separação de Propeno na Refinaria Henrique Lage (REVAP). A Petrobras também iniciará em 2008 as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – investimento conjunto com a estatal venezuelana PDVSA, esta com fatia de 40%.

O plano de negócios da Petrobras prevê investimento de R$ 5,636 bilhões na área de Gás e Energia em 2008. Deste total, R$ 3,7 bilhões serão utilizados na construção de gasodutos, R$ 700 milhões em projetos de termelétricas, R$ 500 milhões em plantas de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), R$ 500 milhões no desenvolvimento de projetos de energias alternativas renováveis, cerca de R$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento.

A estatal concluirá até o final do ano cerca de 1 mil quilômetros de gasodutos, fazendo com que a malha administrada pela companhia passe a contar com aproximadamente 7.500 quilômetros. Com isso, a capacidade de transporte aumentará em cerca de 10 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia). Cerca de 70 milhões de m3/dia deverão estar disponíveis para oferta ao mercado no final do ano.


Zeppini é notícia no canal executivo da uol.

O Grupo Zeppini, que fabrica equipamentos para postos de combustíveis, anunciou a conquista de novos revendedores no exterior, como o grupo Internacional de Avíos, uma das maiores companhias do segmento de equipamentos para postos no México.

A Avíos é uma empresa familiar, fundada em 1990, e que conta com escritórios em Guadalajara, Veracruz, Mérida e Cidade do México, detendo 70% do mercado de equipamentos para postos.

Além do México, a Zeppini também desembarcou em outros mercados em 2007, como Índia, Egito, Emirados Árabes, Sudão, Nigéria, Cingapura e Leste Europeu. Os contatos foram feitos durante a Petrol World Fórum 2007, em Cingapura, no mês de julho.

Atualmente, a Zeppini exporta parte da produção para 52 países no mundo e tem 70% do mercado nacional de equipamentos. Em 2006, a Zeppini faturou R$ 36 milhões, somando vendas para o mercado interno e exportações.