– preço alto preocupa analistas
– motivo é aumento do consumo e pressão dos países do Oriente Médio
– Brasil já admite aumento no preço dos combustíveis

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Somente este ano, os preços do petróleo subiram 25%, devido à desaceleração econômica norte-americana e aumento do consumo mundial de combustíveis. Outros fatores que desencadearam o aumento seriam o enfraquecimento do dólar, os constantes ataques a instalações de petróleo na Nigéria e também as preocupações sobre a capacidade de substituir a demanda mundial.
Em 2007, o barril do ouro negro era cotado a US$ 60 e hoje chegou perto da barreira dos US$ 120, o dobro do valor em apenas 12 meses. No Oriente Médio, as empresas também estariam diminuindo a extração diária do petróleo, enriquecendo suas reservas do recurso e também de capital, para pressionar os países do Ocidente com um combustível cada vez mais caro.

De acordo com o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, nesta última segunda-feira, o barril do petróleo atingiu preço recorde de US$ 110,13. Mas, o contrato futuro do petróleo, negociado no pregão eletrônico, em Nasdaq, Nova York, também estabeleceu novo recorde de preço nesta segunda, de US$ 119,93 o barril.
Khelil não descartou a possibilidade de o barril de petróleo chegar a US$ 200, conforme publicou em sua página na internet, o jornal estatal argelino El Moudjahid.
Para o presidente da Opep, e também ministro de Minas e Energia da Argélia, uma queda do dólar de 1% provoca uma alta de quatro dólares por barril”. No sentido inverso, “no caso de uma alta de 10% do dólar, pode-se apostar que o preço do barril cairá 40 dólares”.
Ele não acredita que um aumento da produção ajude a fazer com que os preços caiam, porque os estoques de gasolina nos Estados Unidos registram um excedente e estão em seu maior nível em cinco anos.

Brasil poderá ter aumento de combustíveis, admite Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir ainda nesta semana com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão. O tema do encontro deve ser o reajuste do preço dos combustíveis, conforme informou a agência Estado.
O presidente já admitiu que o preço da gasolina está defasado diante da alta constante do petróleo no mercado mundial, embora semana passada tenha descartado essa possibilidade. No Brasil, os combustíveis não sofrem reajuste desde novembro de 2005, quando o barril do petróleo estava cotado a US$ 30.
Porém Lula e seus assessores não comentam quanto deve ser este reajuste, que já começou no ano passado para os derivados de petróleo como plásticos e óleos lubrificantes.
José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás e a Ministra da Casa Civil Dilma Roussef também devem participar da reunião.