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O aumento da produção de carros com a tecnologia Flex no Brasil irá influenciar diretamente o aumento da utilização de álcool combustível no país. A preferência do brasileiro por esse tipo de veículo vem sendo, inclusive, um grande motivador da mudança da matriz energética brasileira, segundo o consultor técnico da União da Industria de Cana-de-açucar, Alfred Szwac.
Cerca de 3,1 bilhões de litros a mais do combustível vegetal serão consumidos, se compararmos com 2007, afirma o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari. Esse aumento é impulsionado pela participação cada vez maior no mercado brasileiro, dos carros que utilizam tanto gasolina, como álcool ou a mistura dos dois. A grande maioria dos donos de carros Flex, cerca de 80%, abastecem o carro com o álcool, principalmente nos estados do Sul e Sudeste, onde o preço é menor em relação a gasolina. No ano passado, o preço do litro do álcool que custava em média R$ 0,99 ao consumidor, é vendido em média por R$ 1,30 e mesmo com elevação no preço, a tendência é de aumento no consumo.
Brasil perde força como exportador de etanol
Mesmo sendo o Brasil o maior exportador de açúcar do mundo, o país deve perder espaço para a Índia no mercado asiático. O grande subsídio feito pelo governo indiano às suas empresas torna a disputa pelo mercado na região mais acirrada.
Além desse, outro fator influencia diretamente nessa perda de espaço no mercado. Mesmo com o crescimento da produção de açúcar no país, o também crescente aumento do consumo de etanol faz com que grande parte desse excedente seja destinado à fabricação de combustível. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), cerca de 56 % dessa produção vai servir ser utilizada em carros no país.