No próximo dia 25 de novembro acontece o primeiro leilão específico para a venda de energia eólica. A notícia está movimentando o setor elétrico, mas também gerando uma preocupação: pode faltar mão de obra qualificada e até mesmo equipamentos para atender o crescimento rápido da demanda nacional.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) possuiu 441 projetos, ou 13.341 megawatts, de centrais eólicas inscritos como interessados em participar da licitação. O montante é 20 vezes maior do que há instalado no Brasil hoje, o que preocupa os especialistas, já que há 36 usinas eólicas em funcionamento no País.

Outro problema apontado, além da falta de mão de obra, é uma possível escassez de turbinas eólicas. “Não há oferta brasileira de turbinas eólicas para atender sequer um pequeno crescimento de pedidos”, afirma o pesquisador de fontes renováveis do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Guilherme Dantas. O pesquisador diz que o governo precisa estimular a instalação de novas unidades produtivas do equipamento. Segundo ele, o setor precisa de planejamento e política contínua, como a realização de leilões anuais, para poder deslanchar no Brasil.

Com informações do Brasil Econômico