A energia solar fotovoltaica é a forma de energia renovável que mais cresce em nível mundial, com taxas de 60% a 80% ao ano. Mas, no Brasil, não há indústrias com tecnologia comercial para a produção de módulos que façam a conversão. Em 2009, no entanto, essa realidade começa a mudar com diversas iniciativas que incentivam a produção e geração de energia solar fotovoltaica.

O País tem alta incidência de sol o ano inteiro, principalmente nas regiões litorâneas, no Centro Oeste, Sudeste e Norte do Brasil. Apesar disso apresenta defasagem de décadas em relação às nações desenvolvidas, de modo especial, a Alemanha, onde a energia solar conseguiu desenvolver tecnologias sofisticadas e realizar experiências aproveitáveis como modelo. Esse atraso se deve a dois fatores: a falta de equipamentos geradores de energia e de mercado consumidor para aproveitá-la.

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No Brasil a única experiência em termos de energia solar é o aquecimento de água, amplamente empregado em residências, hotéis, edifícios comerciais e industriais. No entanto, a energia solar fotovoltaica, que converte o calor do sol em energia elétrica, ainda carece de incentivos.

Iniciativas de pesquisadores e empresas mostram que esse cenário deve mudar nos próximos anos. No Rio Grande do Sul, dois professores da PUC querem incentivar a construção da primeira indústria de painéis fotovoltaicos na América Latina. Eles entregaram na ultima semana, 200 módulos fotovoltaicos com a mesma eficiência de concorrentes internacionais, mas a custos inferiores, aos financiadores da sua planta piloto.

No Brasil, poucas empresas como a Zeppini oferecem projetos para geração de energia solar fotovoltaica. Desde o final de 2008 a divisão Energia Z faz projetos completos de instalação, cálculo de demanda e assistência técnica para geração de energia elétrica fotovoltaica. O nível de procura por esta tecnologia é crescente, mas para baratear seus custos e tornar a aplicação mais viável, faltam incentivos. No caso dos painéis, que hoje são importados, uma empresa nacional poderia produzi-los no país, o que tornaria sua aplicação mais comum em edificações e residências.


Estádios brasileiros podem ter energia solar com painéis na cobertura

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em parceria com a Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ), estudam a viabilidade técnica de implantação de uma usina solar fotovoltaica no Estádio do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014, aproveitando a cobertura do estádio. As duas empresas assinaram este ano, um memorando de entendimento para aprofundar e ampliar a cooperação técnica, científica e tecnológica, visando a montagem, operação e manutenção de centrais de geração de energia solar conectadas à rede de distribuição.

Outro estádio que deve ter a tecnologia implementada é o Estádio Metropolitano de Pituaçu, localizado em Salvador. A Coelba (Grupo Neoenergia) pretende transformar o estádio no primeiro da América Latina com suprimento de energia solar fotovoltaico. O projeto será viabilizado pelo Programa de Eficiência Energética da distribuidora de energia elétrica, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e também contará com apoio do Governo da Bahia.

Universidades de Portugal dão exemplo de energia limpa

A Universidade de Aveiro instalou 920 painéis solares fotovoltaicos em dois edifícios do campus. Os trabalhos de instalação tiveram início em setembro deste ano e envolveram a preparação e o reforço das coberturas dos edifícios e o desenvolvimento e implantação de estruturas metálicas, específica e devidamente dimensionadas para a instalação dos painéis. Os investimentos para a viabilização do projeto foram de cerca de 700 mil euros.

Outras universidades portuguesas também estão engajadas no projeto de geração de energia limpa. È o caso da Universidade Minho e da Nova de Lisboa. Ambas estão desenvolvendo um projeto de construção de painéis com capacidade de produção de energia fotovoltaica, que deve ser concluído em 2011.

LG vai produzir módulos fotovoltaicos

A LG Electronics informou que vai começar a produção comercial de células e módulos fotovoltaicos no próximo mês em um momento em que energia limpa surge como novo motor de crescimento para muitas empresas de tecnologia. A linha de produção da LG é capaz de produzir 520 mil módulos de energia solar de silício por ano, um volume capaz de produzir eletricidade suficiente para alimentar 40 mil casas por ano.

A LG divulgou que planeja montar outra linha de produção até 2011. O investimento total nas duas linhas deve chegar a quase 200 milhões de dólares. Segundo a empresa, o mercado global para células fotovoltaicas deve movimentar US$ 11 bilhões em 2010.

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