Após a tentativa de comprar os postos de combustíveis da bandeira Esso na América do Sul e não ter obtido sucesso, a Shell busca outros caminhos para continuar a crescer no mercado, já que em 2007 a empresa lucrou US$ 27,6 bilhões. O novo rumo é pela migração. A ação é conhecida como bandeira branca, na qual é feito um contrato entre o dono do posto e a distribuidora, com este método o proprietário se compromete a usar a marca da Shell e a comercializar somente o combustível fornecido pela distribuidora.

Em entrevista ao o jornal Valor Econômico, Rob Routs, diretor Mundial da área de combustíveis, transportes, refino e petroquímica da Shell disse que a companhia tem boas perspectivas de crescer “organicamente e muito rápido no Brasil”. Em 2006, as redes Shell do Paraguai, Uruguai e Colômbia foram compradas pela Petrobras, após a companhia ter decidido sair da América Latina e manter a operação apenas na Argentina, no Chile e no Brasil, as maiores regiões do mercado.

Segundo Routs na entrevista com o veículo, os negócios da Shell vão bem no País. Além disso, uma área de grande interesse é o biocombustível e a empresa já analisa a possibilidade de produzir álcool a partir do bagaço da cana-de-açúcar utilizando enzimas em um processo de co-geração. Anualmente, a multinacional compra 1,8 bilhão de litros de álcool contratados de grandes usinas como a Cosan e a Cooperçúcar.

Em busca de um meio ambiente mais puro, o diretor da Shell ainda afirma que para reduzir o aquecimento global as empresas terão que buscar fontes sustentáveis de energia alternativas aos hidrocarbonetos, mas que não sejam originárias da queima das grandes florestas nativas no Brasil ou Malásia, ou de trabalho infantil.

No ano passado a Shell teve uma participação no mercado de combustíveis de 12,6 %. Esse valor sobe para 15% se forem considerados apenas o mercado das maiores empresas. A Shell só perde para a BR Distribuidora, que tem 39% do mercado neste segmento.

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