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Setor de equipamentos para postos pode ser beneficiado com modernização das instalações

No início de 2007, o Grupo Ultra junto a Petrobras e a Braskem adquiriram todos os ativos dos postos Ipiranga. No final do ano passado o faturamento que seria inicialmente de R$ 5 bilhões, somou mais de R$ 20 bilhões. Com isso, o grupo Ultra assumiu as operações lucrativas da bandeira Ipiranga, que hoje detém 20% do mercado brasileiro de distribuição de combustíveis. A revista Isto É Dinheiro da semana passada (ed.544 ano XI) traz uma matéria especial sobre os investimentos do grupo Ultra no setor de combustíveis, o que pode representar um grande impulso no setor de instalações, ao modernizar os equipamentos dos postos de serviço em todo o país.

Mesmo com o grande faturamento que o Ultra teve com a aquisição do Ipiranga, que além de ter transformado o seu perfil comercial, fez com ele ficasse mais próximo do consumidor final, os planos do grupo são mais ambiciosos. O grupo já apresentou uma proposta para comprar a rede Esso, outra gigante do setor.

Se o Ultra conquistar esse objetivo, ele passará a ter 20% do mercado do combustível, perdendo somente para a Petrobras que tem a primeira posição com 35%. Caso o plano não seja conquistado, a segunda opção será adquirir pequenas distribuidoras regionais.

Em janeiro deste ano, o Ultra revelou que não teve muitos sustos quando as operações com a companhia recém-adquirida começaram. Ao contrário, com a compra do Ipiranga o faturamento do grupo dobrou. O caixa anual do Ultra teve acréscimo de R$ 263 milhões e o valor de mercado passou de R$ 4 bilhões para 8,6 bilhões.

O Ultra visa investir também na Oxiteno, braço químico do grupo, para isso será investido quase R$ 480 milhões. A empresa já é dona de 70% da produção de óxido de eteno no Brasil.


A Zeppini, maior fabricante de equipamentos para postos de serviço do mercado nacional, planeja o crescimento de 60% nos negócios internacionais para o ano de 2008. Para alcançar este objetivo, a empresa anuncia sua participação nos principais eventos do ano no setor petrolífero mundial.

Em março, a empresa expõe sua linha de produtos ecológicos para postos de serviço na feira Oil África 2008, principal evento africano do setor, que será realizado na Cidade do Cabo, África do Sul, entre os dias 17 e 19 de março.

No segundo semestre, a empresa participa em setembro da feira Automecanika, na Alemanha. Tradicionalmente realizada em Frankfurt, reúne os maiores distribuidores e fabricantes de equipamentos para postos do mundo.

Em outubro, a Zeppini participa como expositora da feira PEI, realizada em Chicago, nos Estados Unidos, e é o maior evento do segmento de petróleo em toda a América.
No Brasil, a Zeppini estará presente nas feiras Expo Postos & Conveniência 2008, que este ano será realizada em Natal/RN e também na Expopetro, em Gramado/RS.

Com isso, a empresa espera consolidar um novo modelo de negócios: distribuidores exclusivos de equipamentos para postos em cada um dos principais países onde atua.

Crescimento no mercado mundial

A Zeppini também quer fechar o ano com crescimento de 60% na pauta de negócios fora do país, além de incrementar seu faturamento em 10% até o final de 2008. A empresa aposta principalmente na “linha ecológica”, que são os produtos para postos que minimizam os riscos de impacto ambiental, no caso de vazamento de combustíveis. A linha de produtos atende às resoluções da Conama no Brasil e UL, padrão internacional de segurança em equipamentos.

Em 2007, a empresa do Grupo Zeppini, que reúne também a Fundição Estrela e também a Motor-Z, já conquistou novos clientes na Ásia e no Oriente Médio, após participar do Petrol World Fórum, realizado em julho em Singapura.


Após a tentativa de comprar os postos de combustíveis da bandeira Esso na América do Sul e não ter obtido sucesso, a Shell busca outros caminhos para continuar a crescer no mercado, já que em 2007 a empresa lucrou US$ 27,6 bilhões. O novo rumo é pela migração. A ação é conhecida como bandeira branca, na qual é feito um contrato entre o dono do posto e a distribuidora, com este método o proprietário se compromete a usar a marca da Shell e a comercializar somente o combustível fornecido pela distribuidora.

Em entrevista ao o jornal Valor Econômico, Rob Routs, diretor Mundial da área de combustíveis, transportes, refino e petroquímica da Shell disse que a companhia tem boas perspectivas de crescer “organicamente e muito rápido no Brasil”. Em 2006, as redes Shell do Paraguai, Uruguai e Colômbia foram compradas pela Petrobras, após a companhia ter decidido sair da América Latina e manter a operação apenas na Argentina, no Chile e no Brasil, as maiores regiões do mercado.

Segundo Routs na entrevista com o veículo, os negócios da Shell vão bem no País. Além disso, uma área de grande interesse é o biocombustível e a empresa já analisa a possibilidade de produzir álcool a partir do bagaço da cana-de-açúcar utilizando enzimas em um processo de co-geração. Anualmente, a multinacional compra 1,8 bilhão de litros de álcool contratados de grandes usinas como a Cosan e a Cooperçúcar.

Em busca de um meio ambiente mais puro, o diretor da Shell ainda afirma que para reduzir o aquecimento global as empresas terão que buscar fontes sustentáveis de energia alternativas aos hidrocarbonetos, mas que não sejam originárias da queima das grandes florestas nativas no Brasil ou Malásia, ou de trabalho infantil.

No ano passado a Shell teve uma participação no mercado de combustíveis de 12,6 %. Esse valor sobe para 15% se forem considerados apenas o mercado das maiores empresas. A Shell só perde para a BR Distribuidora, que tem 39% do mercado neste segmento.


Após a compra da bandeira Ipiranga, a BR enfrentou algumas dificuldades com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que ainda não aprovou a aquisição, anunciada em meados de 2007.

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Para driblar as dificuldades, a BR deve lançar uma nova bandeira distribuidora de combustíveis para aproveitar a infra-estrutura existente e também para agitar o mercado de postos de serviço com a questão do marketing que envolveria a criação de uma nova marca.

José Eduardo Dutra, presidente da BR, explica que a nova empresa terá que ser criada porque o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda não aprovou a aquisição dos ativos do grupo Ipiranga feita pela Petrobras, Ultra e Braskem no ano passado.

Esse modelo não prejudica a absorção do restante da rede da Ipiranga – cerca de três quartos da rede de postos – pelo grupo Ultra. Pelo acordo firmado entre os compradores no ano passado, a Petrobras e o Ultra vão dividir o negócio de distribuição da Ipiranga enquanto os ativos petroquímicos ficaram com Petrobras e Braskem. A estatal ficará com os postos localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o Ultra com os das regiões Sul e Sudeste. Até a aprovação definitiva, os compradores se comprometem a preservar as companhias de modo a garantir a reversibilidade da operação.

Com informações da Santos Modal


Nesta semana, a ABIEPS (Associação Brasileira da Industria de Equipamentos para Postos de Serviços), elegeu o presidente, o vice-presidente e os diretores da entidade. Carlos Zeppini é reconduzido à presidência da associação.

Confira a matéria na íntegra:

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ABIEPS elege diretoria para o biênio 2008/2009

Mantendo a mesma linha de atuação, Zeppini reafirma a necessidade do esforço conjunto de dirigentes e associados e pretende dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela entidade. O objetivo é fortalecer o nome da ABIEPS no mercado, estreitando o relacionamento com autoridades governamentais e entidades do setor, além da promoção de eventos, como feiras, cursos técnicos e assembléias.

Juntamente com ele assumem, Sérgio Cordeiro (Metalsinter) como vice-presidente, Eduardo Hiluey (Ecoflex) como diretor financeiro, e Luciano Galea (Leone) como vice-diretor financeiro.

Para as quatro diretorias técnicas, recentemente criadas com o objetivo de ampliar a atuação da ABIEPS, o conselho escolheu: Fernando Whitaker para a diretoria de Equipamentos; Maurício Prado para a diretoria Ambiental; Sergio Morelli para a diretoria de Serviços; e, Antonio Bragança para a diretoria de Conveniência. Esta última, com forte estratégia de crescimento.

“Com o trabalho que será desenvolvido junto a estas novas diretorias, além de se democratizar internamente e formar novos líderes, a ABIEPS amplia sua área de atuação, reunindo fornecedores de equipamentos e produtos para postos em todas as áreas”, ressalta Carlos.

Entre os projetos para 2008, dois pontos complementares merecem destaque: a reformulação do portal da entidade, com a facilitação da busca por produtos, equipamentos e serviços das empresas associadas; e, o esclarecimento sobre linhas de crédito disponíveis, para que o revendedor possa comprar tais equipamentos, através de convênios com instituições bancárias e confecção de uma cartilha orientativa de crédito.

ABIEPS – Consolidada como maior entidade do setor no Brasil e na América Latina, a ABIEPS que, entre outras atribuições, participa na elaboração de normas técnicas e regulamentos do setor, representa um mercado que registrou faturamento anual de mais de R$ 1 bilhão em 2007, arrecadando cerca de R$ 200 milhões de impostos aos cofres públicos e gerando 41 mil empregos diretos e indiretos.

A entidade foi fundada em agosto de 2001 com o objetivo de congregar as indústrias, prestadores de serviços e revendas que atuam no segmento dos postos revendedores de combustíveis para representá-los junto aos órgãos técnicos e econômicos, como Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), órgãos ambientais estaduais e outros órgãos governamentais relacionados, direta e indiretamente, com o setor.

O conselho diretor da ABIEPS, responsável pela escolha do presidente da entidade, é integrado pelos seguintes membros: Cássio Veloso, Francisco Salles, Eduardo Hiluey, Dante Pelacani, Luciano Galea, Fernando Miranda, Sérgio Cordeiro, Jorge Luiz Modesto, Fernando Whitaker, Moacir Arruda, Mauricio Prado, Sérgio Luiz Morelli, Joseph Walton Junior e Daniel Lasner.

Também participam das discussões e futuro da entidade o conselho de ex-presidentes ABIEPS, composto por Antonio Bragança e Antonio Augusto.

Carlos Zeppini é reconduzido à presidência da ABIEPS – Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços, cujo setor movimentou mais de R$ 1 bilhão em 2007.

Com mandato para o biênio 2008/2009, acaba de ser reconduzido ao cargo de presidente da ABIEPS (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços) – entidade que, entre outras atribuições, participa na elaboração de normas técnicas e regulamentos do setor que representa, e, conta hoje com mais de uma centena de empresas associadas –, o empresário Carlos Zeppini, da Comercial Zeppini, que já ocupava a presidência no mandato anterior.


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AFRA BALAZINA
EVANDRO SPINELLI
da Folha de S.Paulo

O uso de energia solar para aquecer água pode virar lei em São Paulo. Um projeto que exige a instalação desse tipo de equipamento em novos empreendimentos, residenciais ou não, foi encaminhado ontem pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL) à Câmara.

Pelo projeto, imóveis não-residenciais que usam muita água, como hotéis, móteis, academias de ginástica, hospitais, escolas e clínicas de estética, por exemplo, serão obrigados a instalar os aquecedores.

No caso das indústrias, o sistema só será obrigatório se a atividade exigir água aquecida no processo de fabricação ou se a empresa disponibilizar vestiários aos funcionários.

Segundo o secretário do Verde e Meio Ambiente do município Eduardo Jorge, nas residências, o sistema só será obrigatório se a casa ou apartamento tiver mais de três banheiros. Com até três banheiros, o aquecedor não será exigido, mas o projeto deverá prever a implantação do sistema no futuro.

O tópico, no entanto, não está claro no projeto de Kassab. O líder do governo na Câmara, José Police Neto, o Netinho (PSDB), entendeu que, para imóveis residenciais mesmo com quatro banheiros ou mais, a instalação do sistema é desnecessária.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o projeto de lei sofrerá modificações na Câmara inclusive para que este item seja esclarecido.

Piscina aquecida

Com relação à instalação de piscina aquecida em imóvel residencial, o sistema será obrigatório, mesmo para os imóveis já existentes.

As novas regras entrarão em vigor apenas depois da regulamentação da lei, o que ocorrerá por meio de decreto do prefeito 120 dias depois da publicação. O projeto, porém, precisa ser aprovado pela Câmara, o que não tem prazo para ocorrer.

A medida de Kassab foi aplaudida ontem por ambientalistas ouvidos pela Folha. A energia solar é tida por eles como uma alternativa energética limpa e sem restrições. “O projeto de lei vai ao encontro da necessidade de redução das emissões dos gases do efeito estufa”, disse o pesquisador Márcio Vilela, da ONG Vitae Civilis.

Paulo Rewald, diretor de instalações do Secovi-SP (o sindicato da habitação), disse que o projeto é inviável para a maioria dos edifícios verticais. Segundo Rewald, nesses prédios não há, normalmente, espaço para instalar placas de captação da energia solar.

O engenheiro elétrico Teófilo Miguel de Souza, professor da Unesp de Guaratinguetá, fez as contas. Segundo ele, no máximo, é necessário 1 m2 de placa por pessoa. Em um edifício de 30 apartamentos, onde moram cerca de 120 pessoas, seriam necessários até 120 m2 de área livre para o equipamento.

Nesse caso, o telhado do prédio seria suficiente, porém não haveria espaço para a construção de um apartamento de cobertura. Em prédios maiores, com 30 andares e quatro apartamentos por andar, por exemplo, não haveria espaço na cobertura. Seriam necessários cerca de 480 m2, mais do que uma quadra de basquete ou quase três quadras de vôlei.

Outra alternativa é instalar as placas no chão, em uma área livre do condomínio. Porém, os moradores teriam de abrir mão de uma parte de sua área de lazer ou de estacionamentos.

Brecha

Quanto maior o edifício, maior a área exigida para a instalação das placas. Porém, o próprio projeto de Kassab tem uma brecha que prevê que, em situações em que a instalação do equipamento for tecnicamente inviável, o empreendimento poderá ser liberado da obrigação, desde que tenha uma justificativa elaborada por um profissional habilitado.

Rewald cita outro problema: a cidade não tem uma quantidade satisfatória de dias com sol. O diretor do Secovi-SP, porém, disse que a medida é “um avanço” no caso de clubes e algumas áreas da indústria.

Segundo o professor da Unesp, que tem pós-doutorado pela Universidade de Paris, o custo do sistema é acessível a famílias de média e alta renda e o valor investido é compensado pela economia de energia.

Ele calcula que, para uma família de quatro pessoas, o sistema custe de R$ 600 a R$ 5.000, dependendo da qualidade do material. Em edifícios residenciais ou comerciais, esse custo, segundo ele, é ainda menor, porque há um ganho de escala.

São Paulo já tem edifícios que usam essa tecnologia. Um exemplo é o hotel Matsubara, no Paraíso. Ele utiliza energia solar desde 2003, quando foi inaugurado. Segundo o hotel, o investimento para implantar o aquecimento solar compensa e há uma economia significativa em energia elétrica.


A empresa estatal Petrobrás anunciou na imprensa que pretende investir R$ 54,8 bi nos próximos cinco anos, para atender ao aumento da demanda por combustíveis e derivados de petróleo no mercado interno e externo.

Metade do valor previsto para investimentos serão aplicados na exploração e produção, cerca de R$ 5 bilhões para sistemas de gasoduto e exploração de gás.

A cadeia do setor de combustíveis é complexa e nos leva a projetar que estes investimentos no aumento da demanda poderão ter reflexos positivos no setor de postos de combustíveis e equipamentos.

Abaixo, a matéria na íntegra. Fonte: Portal Exame.

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Petrobras anuncia investimentos de R$ 54,8 bi em 2008

AGÊNCIA ESTADO A Petrobras anunciou hoje que planeja investir R$ 54,865 bilhões em 2008, sendo que 87,6% dos recursos serão aplicados no País e o restante no exterior. Os investimentos integram o Plano de Negócios da Petrobras para o qüinqüênio 2008-2012. A empresa prevê alcançar no próximo ano uma produção diária nacional de 2,36 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) de petróleo e gás natural.

Segundo a estatal, R$ 25,902 bilhões serão aplicados em exploração e produção de petróleo, sendo R$ 2,2 bilhões para a construção de plataformas. Em 2007, a empresa também colocou cinco plataformas em operação, que deverão atingir sua capacidade máxima de produção em 2008: FPSO Cidade do Rio de Janeiro, no campo de Espadarte, FPSO Piranema, no campo de Piranema, FPSO Cidade de Vitória, no campo de Golfinho e P-52, no campo de Roncador, além da P-54, também no campo de Roncador, com entrada em operação prevista para o final do ano.

Outras cinco plataformas deverão entrar em produção no próximo ano, na Bacia de Campos: P-51, com capacidade de 180 mil barris de óleo e 6 milhões metros cúbicos (m?) de gás/dia, no campo de Marlim Sul; P-53, com capacidade de 180 mil barris de óleo e 6 milhões m3 de gás/dia, no campo de Marlim Leste; FPSO Cidade de Niterói, 100 mil barris de óleo e 3,5 milhões m3 de gás/dia, também no campo de Marlim Leste; e o FPSO Cidade de Rio das Ostras, plataforma para teste de produção com capacidade de 15 mil barris diários de óleo pesado (14 API), no campo de Badejo. Na Bacia do Espírito Santo, está prevista a entrada do FPSO Cidade de São Mateus, com capacidade de 25 mil barris de óleo e 10 milhões m3 de gás/dia, no campo de Camarupim.

A área de Abastecimento contará com investimento de R$ 14,312 bilhões em 2008. No segmento de refino, a Petrobras concluirá as obras da nova Unidade de Coqueamento Retardado da Refinaria Duque de Caxias (REDUC) e da nova Unidade de Separação de Propeno na Refinaria Henrique Lage (REVAP). A Petrobras também iniciará em 2008 as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – investimento conjunto com a estatal venezuelana PDVSA, esta com fatia de 40%.

O plano de negócios da Petrobras prevê investimento de R$ 5,636 bilhões na área de Gás e Energia em 2008. Deste total, R$ 3,7 bilhões serão utilizados na construção de gasodutos, R$ 700 milhões em projetos de termelétricas, R$ 500 milhões em plantas de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), R$ 500 milhões no desenvolvimento de projetos de energias alternativas renováveis, cerca de R$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento.

A estatal concluirá até o final do ano cerca de 1 mil quilômetros de gasodutos, fazendo com que a malha administrada pela companhia passe a contar com aproximadamente 7.500 quilômetros. Com isso, a capacidade de transporte aumentará em cerca de 10 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia). Cerca de 70 milhões de m3/dia deverão estar disponíveis para oferta ao mercado no final do ano.


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Instalações incorretas em postos de combustíveis podem prejudicar o Meio Ambiente. Filtros e tratamentos são uma das opções que podem adequar o estabelecimento conforme legislação ambiental

por Tiago Dias

A descoberta de esquemas de fraudes no setor dos combustíveis tem colocado os postos revendedores sob os olhares do público consumidor e da fiscalização.

A não-conformidade no transporte, na armazenagem e nas instalações dão espaço para que a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – emita autos de infração, interditando bombas de abastecimento.

Além dessas irregularidades, há uma outra que é também de extrema importância: os danos ao meio ambiente. De acordo com a Resolução CONAMA 273 todos os postos de combustíveis existentes no país devem realizar o levantamento de passivos ambientais. Um laudo cujos procedimentos prevê:

– Coleta de amostras de solo indeformadas para análise das concentrações de compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis;
– Coleta de amostras de solo deformadas para medição de gases voláteis através do uso de fotoionizador portátil;
– Implantação de poços de monitoramento com tubos geomecânicos, até atingir o nível do lençol freático;
– Caracterização litológica;
– Coleta de amostras de água para análise de hidrocarbonetos;
– Comparação dos valores obtidos em análise laboratorial com os valores orientadores da CETESB;
– Definição do status contaminado ou não contaminado para a área do posto.

Durante uma ação de fiscalização são verificados no posto uma série de itens referentes a exigências de segurança e de proteção ao meio ambiente.

A ABIEPS – Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços -, entidade que congrega mais de uma centena de fabricantes de equipamentos, produtos e serviços para postos de combustíveis em todo o país, esclarece que equipamentos instalados incorretamente em postos de combustíveis podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente. Por conta disso, a entidade tem mobilizado seus associados para discutir o destino dos valores arrecadados com a CIDE, incidente sobre as operações realizadas com combustíveis, os quais gostaria de ver revertidos em financiamentos para os postos de combustíveis poderem cumprir a legislação ambiental.

Nesse sentido, Carlos Zeppini, presidente da associação, alerta que, em casos de dispositivos instalados fora dos reservatórios de contenção (sumps), o prejuízo com o risco de vazamento pode ser grande e o dano ao meio ambiente irreversível.

Ele lembra que “um litro de combustível que vaza para o lençol freático pode contaminar um milhão de litros de água potável” e ressalta que a correta instalação de equipamentos nesses estabelecimentos deve atender uma série de rígidas legislações e adequações ambientais, necessárias, porém, de custo elevado.

Equipamentos e Filtros

Além de vender e revender filtros automotivos, os postos também possuem equipamentos destinados à filtragem de combustíveis e tratamento de água e efluentes.

Segundo o Diretor Financeiro da ABIEPS, Sérgio Cordeiro, são instalados filtros nas linhas de abastecimento dos veículos para o combustível. “Antes das bombas abastecedores, entre tanques subterrâneos e bombas, internamente nas bombas ou após a unidade bombeadora de abastecimento, entre bomba e bico”, conta.

Porém, como Cordeiro diz, a filtragem não é obrigatória, alguns postos optam por utilizá-los ou não, o que acabam destacando alguns estabelecimentos que utilizam o equipamento “A importância do filtro é a melhoria da qualidade do combustível fornecido (evitando impurezas sólidas e água), o que faz com que o combustível tenha melhor queima e consequentemente contribua para a melhoria no consumo (economia) e redução da poluição”, explica.

Preservando o meio ambiente

Os meios filtrantes utilizados devem ser descartados de forma adequada para não prejudicar ou propiciar possibilidades de contaminação.

Para se adequar com a legislação ambiental, os postos de combustíveis podem inclusive substituir seus tanques de combustíveis por outros dois bicompartimentados, dentro das normas exigidas, com equipamento para monitoramento de vazamento de combustível, ou até a instalação de duas caixas-separadoras de água, óleo e outros resíduos. Os produtos líquidos e sólidos caem nas canaletas que ficam em volta das bombas de abastecimento e vão direto para as caixas. Posteriormente, a água limpa é despejada no esgoto e o óleo e outros produtos são retirados por uma empresa especializada ou passam pelo Tratamento de Efluentes, se for o caso