Indústrias químicas e postos de combustíveis estão entre os maiores poluidores, mas não são os únicos
A contaminação do solo é um tema que merece atenção quando se fala em preservação ambiental. O assunto é visto, muitas vezes, com menos relevância em relação a outros aspectos tidos como importantes para a conservação do meio ambiente, o que é um grande engano. A contaminação do meio ambiente subterrâneo, que ocorre sempre que há a introdução de compostos poluentes ao solo, modifica as características naturais e utilizações do solo e causa desequilíbrio ambiental.
Considerados os maiores “vilões” do meio ambiente subterrâneo, as indústrias químicas e os postos de combustíveis são os que mais poluem. No entanto, atividades como agricultura, mineração e construção também podem causar danos ao solo, subsolo, aos lençóis freáticos e aos aqüíferos. A contaminação do solo nas áreas rurais acontece, sobretudo, quando há uso indevido de agrotóxicos. No caso dos postos de combustíveis, uma das principais preocupações é quanto ao vazamento de combustível, que pode contaminar aquíferos usados para abastecimento da água que consumimos.
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As áreas são afetadas por meio de vazamentos, resíduos de produção, agrotóxicos, entre outras substâncias, que se infiltram no solo e no subsolo, gerando impactos negativos. Dentre os principais impactos estão a inutilização do solo para plantio, o que certamente pode afetar a nossa saúde, já que é do solo que retiramos a maior parte de nossa alimentação. A chamada recuperação ambiental do solo é uma das mais complicadas e caras, quando se fala em processo de despoluição. No caso do solo é preciso retirar totalmente a área danificada para tratar com produtos capazes de separar poluentes da terra e areia. Em alguns casos, como os combustíveis e químicos mais fortes, o dano pode ser irreversível.
No Brasil, um dos países com maior reserva subterrânea de água no mundo – temos sete principais aquíferos que são fonte de água – o assunto precisa ser tratado com mais responsabilidade. Algumas empresas têm se preocupado com a questão e fazem trabalhos para preservação ambiental, mas ainda é muito pouco. É necessária uma legislação que se mostre mais eficiente, além de investimento em novas tecnologias, viabilidade técnica e mão de obra especializada.